Blog sobre todos temas relacionados com Saúde dinamizado pelos alunos do Externato das Escravas do Sagrado Coração de Jesus do Porto.

domingo, 2 de dezembro de 2007

FRIEIRAS


Por questões de circulação e hormonais as mulheres são as que mais sofrem com esta doença.


As frieiras são uma doença bastante conhecida. São muitas as pessoas que em Portugal e no mundo sofrem de uma reacção anormal ao frio. Quem não conhece alguém que, mal se faz sentir um pouco de frio ou o tempo fica mais húmido, fica logo com alterações na pele, principalmente nos dedos das mãos.


Este problema, não é grave mas sim incomodativo, tirando alguma mobilidade às pessoas que o sentem. A prevenção surge aqui como um elemento essencial para que, ao chegar o Inverno, não se passe três meses com dores e feridas nas mãos ou noutros locais do corpo.



O que são?

Frieiras são les
ões inflamatórias com inchaço e comichão produzida pelo frio



Como se dão estas reacções inflamatórias?



Existe um aperto, das arteríolas e das vénolas, esses vasos sanguíneos ficam apertados, têm uma contracção e impedem o sangue de circular até às extremidades.



Inchaços, vermelhão, comichão...


É nessas extremidades que habitualmente existem vasos muito estreitos. Daí que as frieiras surjam frequentemente nas pontas dos dedos. O facto de ser aí que a temperatura do corpo é mais baixa.


Este aperto dos pequenos vasos sanguíneos tem as causas são bem dolorosas, tais como, uma série de consequências biológicas a nível da pele (inchações, vermelhidão, comichão e dor) Nos casos mais graves, podem formar-se feridas.



Mulheres jovens mais afectadas


As causas das frieiras podem passar por condicionantes genéticas, com pessoas a terem mais tendência a sofrer da doença do que outras.


O sexo também pode ser determinante na ocorrência do problema. As mulheres têm muito mais tendência a ter frieiras do que os homens, porque normalmente possuem pior circulação nas extremidades, sofrem mais de reacções hormonais associadas e reagem mais frequentemente às mudanças de temperatura, sobretudo as mulheres jovens, devido nomeadamente às alterações menstruais.


Além das alterações genéticas e hormonais, outros factores podem contribuir para que o problema se manifeste. As mulheres com anorexia nervosa sofrem muito de frieiras e as pessoas que sofrem de hipotiroidismo (funcionamento deficiente da glândula tiroideia) também são um grupo de risco. Algumas doenças mais raras que alteram as proteínas do sangue são também motivo de frieiras.



Ambiente rural mais propício


O meio ambiente também tem a sua quota-parte de responsabilidade no aparecimento desta patologia. Se o facto de se ser mulher e/ou adolescente ou criança influencia o seu surgimento, também as condições climatéricas são importantes.


Circunscrito muitas vezes aos meses mais frios e, simultaneamente, aos meses mais húmidoseste problema deve muito à conjugação desses dois elementos. Por isso, é provável que em Portugal as regiões mais frias sejam aquelas em que se regista uma maior incidência.


Nos ambientes rurais, embora não existam estatísticas sobre o assunto, presume-se que as frieiras sejam mais frequentes, já que o trabalho, principalmente a agricultura, exige outro tipo de tarefas.



Como prevenir?


Para combater as frieiras, a prevenção é a arma mais eficaz. Segundo especialistas, a profilaxia faz-se através de coisas tão simples como, ter o ambiente de casa aquecido, (mas não colocar as mãos no aquecedor) usar roupas adequadas, luvas, calçado quente, etc.


A mulher necessita de maiores cuidados, não só pela elevada sensibilidade ao frio, como também devido às suas tarefas socialmente estabelecidas.


Como medida preventiva, o exercício físico é importante, dado que activa a circulação sanguínea de uma maneira natural, fisiológica. Se as frieiras forem realmente muito incomodativas, pode-se recorrer a fármacos vasodilatadores, que são substâncias que aumentam a dilatação dos vasos sanguíneos, permitindo uma maior circulação do sangue nas extremidades. Estes medicamentos, no entanto, só são aconselhados quando a situação for muito grave.



Pomadas, cremes


Quando, apesar da prevenção (ou da falta dela...), surgem de facto as frieiras, não existem muitas coisas a fazer. Esfregar uma pomada, utilizar cremes que protejam a pele e, se as frieiras ficarem em ferida ou com bolhas, solicitar um conselho médico.



Maria Macedo e Teresa Pinheiro

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