Esquizofrenia

Russell Crowe no filme "Uma Mente Brilhante", no qual interpreta o papel de John Forbes Nash, Jr.,

génio matemático norte-americano, que sofre de esquizofrenia.

O que é a esquizofrenia?

A esquizofrenia é uma doença mental grave caracterizada por um grupo de sintomas, como as alterações de pensamento, alucinações ou delírios. É uma doença que pode afectar toda a sociedade, calculando-se que cerca de 1% da população mundial sofra desta patologia. Surge primeiramente, na generalidade dos casos, entre os 13 e os 25 anos, pois nesta altura o organismo humano está a ser alvo de profundas alterações hormonais. A esquizofrenia é uma doença que acontece graças a uma fragmentação da estrutura básico do pensamento, graças ao "desequilíbrio entre os sistemas funcionais de duas moléculas que interligam as células do cérebro: a dopamina e a serotonina" (como nos diz o site www.aeape.pt), acompanhada também por uma grande dificuldade em distinguir o real do irreal.

Algumas teorias evidenciam que esta doença é característica, em especial, de pessoas com uma inteligência acima da média. Por exemplo, John Forbes Nash, Jr., o famoso matemático cuja vida é retratada no filme "Uma Mente Brilhante", sofria, como era retratado no filme, de esquizofrenia, tendo ganho, até, um Prémio Nobel. Desconfia-se também que Calígula, imperador Romano, Vincent Van Gogh ou Johann Strauss sofressem também desta patologia.

O que NÃO é a esquizofrenia?

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a esquizofrenia não é uma personalidade dupla ou dividida. Além disso, a maior parte dos doentes esquizofrénicos não tem comportamentos agressivos, e a doença não é resultado, como se julga, de experiências da infância ou falta de força de vontade.

Quais são os sintomas?

Os sintomas da esquizofrenia podem ser de dois tipos: negativos (perda ou diminuição das capacidades mentais) ou positivos (perturbações mentais fora do comum, como alucinações), no entanto, eles andam geralmente ligados entre si. Os sintomas da esquizofrenia são diferentes de caso para caso, e podem surgir de forma gradual ou espontânea.

Sintomas negativos mais comuns:

• Isolamento social;


• Apatia;


• Falta de vontade ou espírito de iniciativa;


• Indiferença emocional;


• Pensamento reduzido e pobre.

Sintomas positivos mais comuns:

• Delírios ou ideias delirantes (pensamentos irreais, como estar a ser vigiado ou perseguido);


• Alucinações (percepções irreais, como ouvir, ver, cheirar, sentir ou saborear algo irreal(;


• Falta de organização de pensamento e/ou discurso (invenção de palavras ou elaboração de frases pouco lógicas)


• Agitação, ansiedade e impulsos.

Quais são as causas da esquizofrenia?

Não se conhecem todas as causas possíveis para o desenvolvimento desta doença. Os cientistas são unânimes em afirmar que a teoria neurobiológica (acima referida), na qual é dito que a esquizofrenia surge graças ao desequilíbrio entre a dopamina e a serotonina, é uma causa certa do desenvolvimento desta patologia. Além disso, é uma doença sujeita a uma componente hereditária, já que existem diversos casos da doença numa família. Por fim, alguns investigadores acreditam também que a esquizofrenia pode ser transmitida através de um vírus.

A esquizofrenia tem cura?

Não, a cura da esquizofrenia não é conhecida, havendo muitos cientistas espalhados por todo o mundo que a tentam encontrar. No entanto, o recurso a medicação antipsicótica permite travar o avanço da doença e controlar os sintomas, especialmente se a doença for detectada numa fase precoce da sua existência. Aliás, está provado que o recurso à medicação é mais eficaz quanto mais cedo tiver início. Além disso, quanto mais cedo for diagnosticada a doença, maiores serão as possibilidades de, a longo prazo, o doente viver uma vida considerada normal e ultrapassar a doença.

Existe um grande obstáculo ao tratamento da doença, que é o facto de muitos dos afectados não saberem que são doentes.

O que fazer para evitar que a doença se desenvolva?

Existem alguns comportamentos que se devem ter ou evitar caso se sofra da doença, com vista a que esta não piore.

• Seguir o tratamento de forma restrita e consultar o médico acompanhante sempre que se sinta que a medicação não está a nutrir efeito.
• Ter um ritmo de sono correcto e regular.
• Manter o contacto regular com o psiquiatra/médico acompanhante.
• Seguir e manter rotinas normais de higiene, alimentação, hábitos de vida...
• Evitar o consumo de estupefacientes.
• Evitar o stress.
• Praticar desporto pelo menos uma vez por semana.
• Tentar manter o contacto com as outras pessoas, de forma a evitar o isolamento.
• ...

Comentário:

Na minha opinião, a esquizofrenia é um problema grave e, provavelmente, algo próximo de todos nós. Penso que deve ser necessária muita força de vontade e sensatez para conviver com a doença, já que não considero nada fácil admitir que se está doente. Na minha opinião, penso que caso fosse eu, não me seria fácil admitir que estava doente, até porque a esquizofrenia é uma doença considerada como loucura pela maior parte das pessoas que não a conhece. Provavelmente só conseguiria acreditar que estava doente, após ouvir a opinião de alguém que conhecesse bem e que percebesse do assunto em questão

Considero que para ultrapassar a doença e aprender a viver com ela, é necessária a ajuda de todos aqueles que rodeiam o doente, tanto amigos, como colegas ou familiares.