Blog sobre todos temas relacionados com Saúde dinamizado pelos alunos do Externato das Escravas do Sagrado Coração de Jesus do Porto.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O Cancro

Cancro ou neoplasia maligna, pode ser descrito como um crescimento descontrolado de células anormais. Desenvolve-se sem respeitar os limites normais, invade e destrói tecidos adjacentes, podendo disseminar-se para lugares distantes do corpo, através dos gânglios e/ou sangue dando origem às habitualmente designadas metástases.
Estas propriedades malignas do cancro distinguem-no dos tumores benignos, que são auto limitados no seu crescimento e não invadem tecidos adjacentes (embora alguns tumores benignos se tornem malignos).
O cancro pode afetar pessoas de todas as idades, mas o risco de aparecimento deste na maioria dos tipos aumenta com a idade.
O cancro causa cerca de 13% de todas as mortes no mundo, sendo os do pulmão, estômago, fígado, cólon e mama os que mais matam.
Há genes que controlam a proliferação celular e que quando sofrem alterações (mutações) condicionam a alteração no crescimento das células levando ao aparecimento do cancro.
Algumas destas mutações génicas podem ser herdadas o que explica a elevada incidência de cancro nalgumas famílias. Outras são resultado da atuação de factores ambientais como o tabaco, radiações, substâncias químicas (ex: asbestos, alguns medicamentos…), agentes infeciosos (ex: vírus), dieta rica em gorduras (mama e cólon)…
As anomalias genéticas encontradas no cancro afetam tipicamente duas classes gerais de genes. Os genes promotores de cancro, oncogenes, estão geralmente ativados nas células cancerígenas, fornecendo a estas células novas propriedades, como o crescimento e divisão hiperativa, proteção contra a morte celular programada, perda do respeito aos limites tissulares normais e a capacidade de se tornarem estáveis em diversos ambientes tissulares. Os genes supressores de tumor, estão geralmente inativos nas células cancerígenas, resultando na perda das funções normais destas células, como uma replicação correta do DNA, controle sobre o ciclo celular, orientação e adesão nos tecidos e interação com as células protetoras do sistema imunológico.
O nosso organismo possui células que vigiam o aparecimento de células anormais, eliminando-as – células assassinas (Killer cells). No entanto, as células neoplásicas adquirem capacidade de escapar ao reconhecimento por estas, com o consequente crescimento anormal destas.











































Sinais e sintomas de cancro:
Deteção precoce – fundamental, já que a melhor arma para o cancro é a prevenção.

Sinais de cancro:
Tumefação ou nódulo na mama ou num testículo
Alteração num sinal da pele
Úlcera na pele ou na boca que não cicatriza
Alteração dos hábitos intestinais ou vesicais
Tosse persistente ou tossir sangue
Alterações na deglutição ou constante indigestão
Fadiga crónica
Perda de peso/falta de apetite… 

Prevenção:
Cerca de 80% de todos os cancros são devidos a causas identificáveis e potencialmente preveníveis.
Estima-se que apenas 5-10% de todos os cancros são herdados
30% são devidos ao uso de tabaco e até cerca de 35-50% são devidos aos alimentos. A evidência também indica que apesar da genética ser um factor no desenvolvimento do cancro, há fatores comportamentais tais como o tabaco, as escolhas na dieta e a atividade física que modificam o risco de cancro em todas as fases do seu desenvolvimento. A introdução de dieta saudável e a prática de exercício físico promove a saúde e reduz o risco de cancro .
O stress também pode condicionar o aumento de risco de cancro já que pode produzir mal-estar e doença.

Medidas para evitar o cancro de acordo com o código europeu contra o cancro (CECC):
Não fumar
Não consumir bebidas alcoólicas
Evitar exposição solar nas horas de maior calor (11-16horas); usar chapéu, t-shirt e protector solar.
Praticar exercício físico
Dieta rica em frutas e vegetais frescos, cereais como massa e pão. Reduzir a ingestão de alimentos ricos em gordura.

De acordo com estudos realizados em Portugal o cancro mais comum nas mulheres é o cancro da mama com 32% dos casos registados. O cancro mais comum nos homens é o da próstata com 33% dos casos registados.

Testes de rastreio:
De acordo com uma Recomendação do Conselho da União Europeia à Comissão e aos Estados Membros, devem ser feitos os seguintes testes de rastreio:

Rastreio do cancro do colo do útero
Teste de Papanicolau - a iniciar entre os 20 e os 30 anos;
Rastreio do cancro da mama
Mamografia nas mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 70 anos;
Rastreio do cancro coloretal
Pesquisa de sangue oculto nas fezes em homens e mulheres com idades compreendidas entre os 50 e os 74 anos.

A ocorrência de determinadas doenças prévias no indivíduo e, especialmente, a ocorrência de determinadas doenças oncológicas em familiares próximos podem justificar um plano de rastreio diferente, a definir pelo médico.

Fontes:
Imagens: google.pt
Texto:
Portal da Saúde / O que é o cancro
Wikipédia / O cancro
Site da Liga Portuguesa contra o Cancro

Helena Oliveira

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