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sexta-feira, 2 de novembro de 2007

A Paramiloidose - "A doença dos pezinhos"


Esta doença revelou-se, na década de 30, quando o Dr. Américo Graça, da Póvoa do Varzim, observou pacientes que possuíam estranhas alterações nos membros inferiores, devido a isto, a paramiloidose é conhecida como "a doença dos pezinhos". Mais tarde, o Prof. Corino de Andrade observou a primeira paciente que possuía sintomas diferentes dos mais comuns nas doenças neurológicas, em 1936.

A paciente de 37 anos, natural da Póvoa do Varzim, queixava-se de adormecimento e formigueiro, falta de sensibilidade térmica e dolorosa, nos membros inferiores. Foi internada no Hospital Geral de Santo António, onde foi estudada.

A paramiloidose não tem cura e é fatal.
As pessoas afectadas por esta doença, vão começar por sentir um adormecimento nos pés e nas pernas, grandes dores e perda de sensibilidade para a dor, frio e calor. Estes sintomas normalmente são desvalorizados pelos pacientes, e médicos locais dizem que vários pacientes afirmam que como já viram muitos familiares seus morrer de paramiloidose, não querem aceitar nem admitir, que por estes simples sintomas iniciais, possuam paramiloidose.
Mais tarde, após o aparecimento dos sintomas iniciais, os pacientes poderão mostrar modificações no seu aparelho digestivo, e especialmente criar hábitos irregulares ao seu intestino. Se por exemplo sofriam de diarreia, podem passar a ter obstipação, ou vice-versa. A perda de peso sem razão aparente é mais um sintoma desta doença. Com o desenvolvimento da doença, os sintomas iniciais acentuam-se, os doentes chegam a ficar sem sensibilidade nas coxas, e a atrofia muscular acaba por modificar o caminhar, até chegar ao ponto de impedir os pacientes de andarem. Quando acamados, acabam por morrer.
Antes de morrerem, têm graves problemas cardíacos, principalmente arritmias, e frequentemente têm que usar pace-makers.
Por isso, morrendo também por paragens cardíacas, ou por desnutrição grave e infecções ou insuficiência renal terminal.


A esperança de vida dos pacientes, é em média reduzida e aguentam pouco mais que uma década, após o aparecimento dos primeiros sintomas. No entanto, podem recorrer ao transplante hepático, que lhes proporcionará qualidade e mais anos de vida. Para que o paciente possa ter qualidade de vida, o diagnóstico deve ser precoce e assim mais cedo é feito o transplante.
Após o transplante, o paciente retoma a sua vida normal, e os sintomas vão regredindo lentamente.


Catarina Pinto.

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