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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Estudo diz que complementos vitamínicos são inúteis ou mesmo perigosos

Os complementos vitamínicos são inúteis para a maioria das pessoas e alguns podem mesmo trazer perigos na vida para mulheres mais velhas, segundo um estudo publicado na segunda-feira nos Estados Unidos.
 O estudo dos Archives of Internal Medicine, numa publicação da Associação Médica Americana, mostra que os complementos de ferro estão entre os mais preocupantes para os investigadores, enquanto os de cálcio parecem estar ligados a uma redução do risco de mortalidade.

“Descobrimos que diversos complementos vitaminados ou minerais frequentemente utilizados, como os produtos multivitaminados, as vitaminas B6, ácido fólico, ferro, magnésio, zinco e cobre, estão relacionados com riscos mais elevados de mortalidade”, contam os autores.

As conclusões foram obtidas por uma investigação realizada no Estado de Iowa, no centro dos Estados Unidos, com base em questionários preenchidos por 38.772 mulheres com uma idade média de 62 anos. Após terem consumido complementos vitamínicos em 1986, 1997 e 2004, a taxa de mortalidade passou de 66% em 1986 para 85% em 2004.

De acordo com a investigação, o ferro está “fortemente” ligado ao aumento da mortalidade, em função das doses absorvidas. Os autores notam, no entanto, que não conseguem determinar se as razões que levaram estas mulheres a absorver ferro podem explicar o aumento da taxa de mortalidade e adiantam que são necessárias mais investigações. O cálcio, em contrapartida, esteve ligado a uma redução da mortalidade.

Estas descobertas “reforçam a [nossa] convicção que certos complementos antioxidantes, como a vitamina E, e vitamina A ou de betacaroteno, podem ser perigosos”, disseram os médicos num comentário que acompanha o estudo, adiantando que não recomendam o consumo preventivo de tais complementos, “sobretudo quando se trata de uma população bem alimentada”.

Cerca de metade da população norte-americana toma complementos vitamínicos, que representam um mercado de 20 mil milhões de dólares (14,6 mil milhões de euros).


Fonte: www.publico.pt

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