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sábado, 8 de outubro de 2011

MUITA gordura, POUCA formosura

A obesidade é a epidemia do séc. XXI e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), já há mais pessoas no mundo com excesso de peso do que com fome. Em Portugal, mais de um milhão de pessoas tem peso a mais e cerca de 30% das crianças também.
A gordura deixou definitivamente de ser formosura, já que o tempo das dificuldades económicas generalizadas e da fome, em que a magreza era o primeiro sinal de doença, ficou há muito para trás, pelo menos na maior parte do país e do restante mundo industrializado.

Pelo contrário, o moderno e urbano estilo de vida, cada vez mais sedentário, sem tempo para os indispensáveis exercícios físicos e as refeições saudáveis e moderadas, tem vindo a contribuir para o aumento geral do peso dos indivíduos e já há mais de um milhão de portugueses com peso em excesso, um mal que afeta perto de 30% da população infantil, muito por causa das dietas desequilibradas, ricas em alimentos com muitas calorias como doces, refrigerantes e a denominada comida rápida ("fast food"), e dos passatempos caseiros como os videojogos.

A manter-se o atual ritmo de crescimento da taxa de obesidade, cuja causa também está ligada a factores hereditários e genéticos, prevê-se que, em 2050, 50% da população portuguesa venha a ser obesa.
Uma pesquisa da Comissão Europeia, indica que Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças com excesso de peso, ao lado de países como a Itália ou a Espanha, onde as taxas de peso em excesso e de obesidade excedem os 30% nos indivíduos entre os sete e os 11 anos de idade.

O reduzido consumo de água é um dos fatores apontados como prováveis causas dos elevados índices de obesidade entre os portugueses, os quais somente ingerem cerca de 2,5 decilitros de água por dia em média, ao contrário dos 1,5 a dois litros recomendados.

Segundo outro estudo recente da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, Portugal é o segundo país europeu no qual se regista uma maior prevalência de excesso de peso e de obesidade em crianças, logo a seguir à Itália e em igualdade com a Grécia. Porém, nos Estados Unidos, os dados revelam-se ainda mais assustadores, com um terço da população adulta - perto de 60 milhões de pessoas - a ser afetado pela obesidade, segundo a North American Society for the Study of Obesity (Sociedade Norte-americana para o Estudo da Obesidade). A doença provoca anualmente a morte de 300 mil norte-americanos, de forma direta ou indireta.

A obesidade, além dos problemas psicológicos associados, como a depressão, a baixa auto-estima e outros distúrbios, implica problemas e riscos para a saúde como a hipertensão e outras doenças cardiovasculares, a diabetes, a osteoartrite e a prevalência de vários tipos de cancro, assim como distúrbios do sono (apneia) e a dores crónicas, reduzindo a esperança de vida entre cinco a oito anos, segundo concluiu a Sociedade Norte-americana para o Estudo de Obesidade.

Em Portugal, estima-se que a obesidade afete cerca de 13% dos homens e 15% das mulheres, segundo a Sociedade Portuguesa de Cirurgia de Obesidade.
Fonte: xix@xis.publico.pt

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