Estudos anteriores indicavam que em tempos de crise, a saúde das pessoas aumentava, em geral, devido ao desemprego e à falta de dinheiro, o que não lhes permitia ter comportamentos potencialmente prejudicias, tais como beber excessivamente álcool. Porém, Michael T. French, da Universidade de Miami, EUA, concluiu, através de um novo estudo, que atualmente o consumo de bebidas alcoólicas aumenta quando o mundo se encontra numa crise económica.
Alguns cientistas detetaram que o consumo de bebidas alcoólicas em excesso, aumenta a par do desemprego e que o número de pessoas que conduzem embriagados ou que se tornaram dependentes da bebida aumentou também em ambos os sexos e em todos os grupos étnicos em estudo.
Michael T. French, o líder da investigação, afirmou que "O estudo é oportuno, tecnicamente avançado e original", adiantando ser “Um dos primeiros a mostrar que, apesar de ter um menor poder de compra durante uma crise económica, as pessoas ainda aumentam o consumo ou têm comportamentos arriscados relacionados com a bebida".
O estudo ainda indica que mesmo os indivíduos empregados são mais propensos a conduzir sob o efeito do álcool durante um mau período económico. "Uma explicação para tal é que mesmo os indivíduos que têm um trabalho podem ser afectados psicologicamente por uma recessão económica, por exemplo, com o receio de perder o emprego", destacou o economista.
As conclusões do estudo mostram ainda que as pessoas casadas e com filhos têm mais problemas com o abuso do álcool e a dependência da bebida. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas também aumentava de acordo com o nível educacional e rendimento.
Para efectuar este estudo, os cientistas basearam-se em dados entre 2001 e 20005, os mais recentes com este tipo de informação.
Pedro Calejo e Sofia Oliveira
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