Até agora, acreditava-se que o Quociente de Inteligência (QI) era imutável. Contudo, um recente estudo provou o contrário. Esta investigação, comandada por Cathy Price, foi realizada na Inglaterra e envolveu 19 rapazes e 14 raparigas, entre os 12 e os 16 anos de idade, a quem se testou o QI pela primeira vez em 2004. Os testes repetiram-se em 2007/08 e verificou-se que os mesmos jovens, naquele momento com idades entre os 15 e os 20 anos, apresentavam um Quociente de Inteligência diferente, tendo 39% dos adolescentes uma variação nos testes verbais e 21% obtiveram melhor ou pior resultado nos testes não verbais, houve até quem passasse de génio a indivíduo de inteligência mediana e vice-versa.
Os testes estavam divididos em duas partes: os testes verbais (punham à prova a linguagem, aritmética, cultura geral e memória) e os testes não verbais (identificar elementos que faltam numa figura ou resolver puzzles visuais). Enquanto os jovens realizavam os testes, os investigadores observavam os seus cérebros através de uma ressonância magnética.
As mudanças não se verificaram apenas no QI, mas também na própria constituição do cérebro (nos testes verbais houve uma alteração no córtex motor esquerdo – associado à linguagem; nos testes não verbais houve um aumento na densidade do cerebelo anterior).
Todavia, não se sabe se poderá haver uma mudança de QI na idade adulta, pretendendo-se, por isso, dar continuidade ao estudo.
Um investigador clarifica: “Encontrámos uma correlação clara entre as mudanças nas performances e as mudanças nas estruturas dos cérebros e por isso podemos dizer que estas mudanças no QI são reais.”
Fontes:
http://aeiou.expresso.pt/qi-pode-mudar-drasticamente-na-adolescencia=f682064
http://www.publico.pt/Ciências/qi-pode-aumentar-ou-diminuir-durante-a-adolescencia-1517732
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